Episódio 2 de The Thrill of Brazil com o FA do Fortaleza V15

8
Jan
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Acabou de sair na Epic TV o segundo episódio da série The Thrill of Brazil, com Felipe Camargo e convidados. Nesse segundo episódio a ação se concentra somente em Felipe, e na cadena do boulder Fortaleza, provável primeiro V15 brasileiro. Mais um grande trabalho de filmagem e edição de Bruno Camargo, irmão de Felipe. Confere ai!

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Trips de escalada de fim de ano

7
Jan
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Desde que eu comecei a escalar eu nunca passei um final de ano escalando. Dessa vez eu resolvi dedicar o recesso de Natal e Ano Novo para a escalada e acabei fazendo duas trips de fim de ano, visitando 3 picos de escalada aqui no Ceará e na Paraíba. A primeira parada foi logo depois do Natal, quando fui mais uma vez para Tejuçuoca. A segunda foi a trip da virada, e passei pela Pedra da Boca e por Algodão de Jandaíra.

A ida para Tejuçuoca foi motivada pela vinda da amiga da Paraíba, Janine Falcão. Já havia combinado com ela que iríamos para lá no dia 26 de Dezembro. Saí com a Tati, minha namorada, cedinho para pegar a Janine na rodoviária e pegarmos a estrada para Teju. Chegamos no pico por volta das 10 da manhã, e encontramos com os amigos Micael, Flora e Erika, que já haviam chegado no dia anterior. O clima estava perfeito, céu nublado mas sem chuva, dando uma aplacada no calor e permitindo escalar em setores que normalmente ficam no sol à tarde.

Começamos por algumas vias no setor do Lopes, onde montei um top rope na Bode Grill, depois equipei a Anti-horário 6sup para a Janine entrar, e ainda convenci a Tati a tentar um pouco de top. Depois mudamos para o Portal, uma furna sempre na sombra, com as vias mais recentes do local. Lá entramos na Cuidado com esse Machado 5sup e aproveitei para clipar a primeira costura da Goodbye Blue Friend, um 7a com saída negativa bem bonita.

Tati entrando na Bode Grill de top

Equipando a Anti-horário

O segundo dia começou pelo Portal, onde equipei a Goodbye Blue Friend para a Janine tentar, e a Tati e o pessoal ficaram escalando a Machado de top. A tarde foi reservado para o setor dos  Tetos, onde a Janine queria tentar mais uma vez a Minha Primeira Vez 7b. Consegui de novo convencer a Tati a entrar também nela de top rope, e ela foi muito bem, chegando até o lance do crux. Micael também pilhou e acabou dando um peguinha. Depois do segundo pega da Janine na via ouvimos o zumbido alto de abelhas e percebemos a nuvem do enxame acima da gente. Guardamos as coisas e saímos de fininho. Com abelha não se brinca.

Na saída da Goodbye Blue Friend

Na saída da Goodbye Blue Friend

Janine na Minha Primeira Vez 7b

Janine na Minha Primeira Vez 7b

Voltamos para o Lopes onde entrei na Aqui só lá em Bagdá, um sexto grau chatinho com uma chaminé machuquenta no final. Terminei a via e puxei a Tati de segundo. Rapelamos e depois Janine e Micael fizeram o mesmo. Depois de escalar subimos para o topo do afloramento de calcário e ficamos contemplando o pôr-do-sol.

O domingo foi curto, já que queríamos sair cedo de volta para Fortaleza. Ficamos somente no Lopes e Portal, e por volta do meio dia, quando estávamos nos preparando para terminar a escalada, a chuva chegou, indicando que era a hora certa mesmo de ir embora.

Nos despedimos do Seu Deuzim e da Dona Tetê, e pegamos a estrada de volta. A segunda seria de trabalho para a Tati, e a Janine voltaria de ônibus para João Pessoa no final do dia. Na terça, eu e a Tati pegaríamos a estrada para a Pedra da Boca.

Saímos na terça por volta do meio dia, depois de resolver as últimas pendências. A estrada boa garantiu uma viagem bem tranquila, mas marcada pela experiência bem bacana de avistar uma imensa Cumulus Nimbus no horizonte, e acabar indo parar bem embaixo dela, e da tempestade que ela criava.

Singela Cumulus Nimbus bem no nosso caminho

Chegamos na Pedra da Boca por volta das oito da noite, e encontramos por lá o Wolgrand, paraibano velho conhecido de outras trips de escalada, e figura ímpar da escalada nordestina. Junto com ele o Brito do Rio Grande do Norte, e o francês Manu. Jantamos, batemos um papo, e armamos nossa rede nos preparando para dormir e ver o que o dia seguinte ia nos reservar.

Acordamos e resolvemos aguardar a chegada da Janine, que estava programada para chegar às 8 da manhã. Para esperar por ela resolvemos fazer a trilha até a boca na pedra que batiza o parque. Tivemos a companhia do casal Rafael e Rose, ele venezuelano e ela potiguar, ambos morando em João Pessoa. Trilha tranquila até o rasgo na pedra, para ter uma vista privilegiada do parque. Lá de cima vimos carros se aproximado e resolvemos descer.

Trilha até a boca

Quando chegamos lá embaixo, nem sinal da Janine. Esperamos um pouco mais e ela aparece, já equipada. Tinha chegado e ido escalar sem nós, acompanhada da Lais e Kalyne. Aproveitamos para comer algo e pegamos os equipos. Fomos para a parede na sombra na Pedra da Boca, e lá entramos na Lamprinha, um quinto grau, e na primeira enfiada da Pangaré, um quinto grau. A Tati entrou primeiro na Lamprinha de top rope, e depois decidiu guiar. Eu fiquei um tanto apreensivo, porque ela não estava acostumada com os cristais da Boca, e as proteções eram um pouco longe umas das outras, ou seja, não era o cenário ideal para uma primeira guiada dela no pico. Mas eu resolvi não tolher a decisão dela, já que ela se sentiu bem para guiar. Ela foi, e escalando com calma, encadenou a via, e trocou a minha apreensão dando a seg, por orgulho.

Tati na Lamprinha (aí ainda de top)

Fechados os trabalhos do dia, fomos tomar uma cervejas e nos preparar para a virada, e o prometido churrasco de Ano Novo do Seu Tico.  Mais gente apareceu para a festa, e foi bem legal até umas 10 da noite, quando todos começaram a ir embora, e o Seu Tico apagou as luzes. Uma galera resolveu esperar a virada no cume da Pedra da Caveira, e nós resolvemos ficar no restaurante esperando meia noite. Para passar o tempo, Uno! Jogamos várias partidas, até a hora da virada, que interrompeu a partida de Uno mais longa de 2014, justo quanto ninguém aguentava mais! 2015 tinha chegado, agora era hora de dormir pra escalar de manhã.

Acordamos cedo, mas esperamos o café sair para irmos escalar. Alimentados, fomos para o setor onde o Wolgrand estava abrindo uma nova via com o Brito. Por lá escalamos uma via nova. Essa a Tati não quis guiar, já que quando a Lais entrou guiando, vários cristais quebraram, e ela ficou insegura. Escolheu bem não arriscar, na minha opinião. De lá fomos para a Pedra do Carneiro, na sombra, onde todo mundo bodou, e só eu acabei entrando na Amante, um 6sup bem constante e longo. Bombei na penúltima costura, e perdi a cadena à vista. Desci dali mesmo, e voltamos para o almoço.

Dando um pega na Amante (Foi mal, Tati. :P)

Nesse dia a Boca estava lotada de visitantes, e o restaurante estava lotado. Comemos, jogamos mais umas partidas de Uno, e tocamos para a Pedra da Caveira, para fazer o cume pela primeira enfiada da Casa do Fantasma e a segunda enfiada da Sulu Zigmo. Se juntaram a nós o Romerito do Rio Grande do Norte, que formou dupla com a Janine, e o Hugo, de Pernambuco, que fechou a acordada com a Lais. Escalada tranquila, só complicada pela corda meio presa num bico de pedra, que me garantiu um belo arrasto, e momentos um pouco tensos no final. Mas deu tudo certo e finalizamos a tempo de ver o pôr-do-sol.

Eu e a Tati na última parada da Sulu Zigmo

Todo mundo no cume (menos o Romerito)

Na sexta arrumamos os carros, e nos preparamos para pegar a estrada rumo a Algodão de Jandaíra, pico que conheci em 2013 durante o EENe. O planejado era irmos apenas nós, a Janine e a Lais, mas no final ganhamos a companhia de Wolgrand, Brito e Hugo. Ia ser mais legal que o esperado! Pegamos a estrada, e à medida que nos aproximávamos percebemos que a sexta tinha cara de ser de descanso forçado. Não deu outra. Chegamos em Algodão debaixo de chuva.

E tome chuva em Algodão...

Pra piorar, a escolinha que serviria de abrigo estava fechada, e não tinhamos como pegar a chave. Mas acabamos conseguindo ficar na casa da Dona Marlene, bem em frente à Pedra da Serrinha. Foi o jeito arranjar o que fazer pra passar o tempo, e a escolha foi o baralho. A noite chegou fria, e fomos dormir cedo para escalar ainda com o sol não tão quente da manhã.

Começamos o dia pela Pedra do Caboclo. Escolhi uma velha conhecida, a Mar de Agarras, para fazer com a Tati. A Lais e o Hugo pegaram a João Grandão, enquanto a Janine, Wolgrand e Brito ficaram malhando uns sétimos. Entrei guiando e passei sem dificuldades do crux que me deu trabalho no EENe. Na época o psicológico estava fraco, depois de uns meses praticamente sem escalar, lesionado.

Ainda na primeira enfiada, a escalada que parecia que ia ser tranquila, ganhou emoção, com a presença de uma grande águia chilena que tem ninho na pedra. Ela começou a sobrevoar a gente, e me deixou apreensivo. Continuei subindo, em silêncio, deixando para fazer os lances quando ela se afastava mais. Cheguei na primeira parada e puxei a Tati, que preferiu não guiar a segunda enfiada. Continuei pra cima e a águia voltou. Cheguei no cume e quando estava me preparando para recolher a corda, o susto. A águia deu um rasante e tirou fino de mim. Deu pra sentir o vento dela passando perto. Me abaixei e aguardei. Ela deu meia volta, mirou em mim, e mergulhou de novo. Dessa vez passou mais longe, mas ela se preparou e veio de novo. Mais um rasante, parecido com o segundo. Mais uma volta, mas dessa vez o rasante foi na Tati. Ela ainda deu um outro rasante na Lais e no Hugo, e depois foi se empoleirar no topo da pedra. Fiquei olhando de longe e aproveitei pra recolher a corda e puxar a Tati. Montamos o rapel rapidinho e descemos. Não queria aguardar pra levar mais um rasante da bendita.

Depois de terminar a via, com o sol já bastante quente, o Hugo convidou para irmos conferir a “caverninha”, onde antes era um cemitério indígena. A subida era fácil e acabei fazendo de botas mesmo, mas acabei levando a corda para puxar a Tati e a Lais pra cima. A Lais acabou desistindo, e só a Tati e o Hugo subiram. Lá em cima, alguns poucos restos de ossos humanos (consegui identificar uma falange), e horríveis pinturas feitas por mal educados. Passamos pouco tempo e descemos, para encontrar mais gente na pedra. Tinham chegado o Fabrício e o Stenio, amigos do climb de outras viagens, e uma galera do Rio que está morando em João Pessoa. Cumprimentamos todo mundo e voltamos pra casa, comer algo, e esperar a sombra entrar na Pedra da Cabeça.

Por volta de duas da tarde chegamos na Pedra da Cabeça, o melhor setor de Algodão na minha opinião. Cheguei e “esquentei” entrando na Pipoqueira, um sexto atlético, como disseram. Entrei à vista e equipando, e nossa, como bombei. Cheguei na parada sem braços e quase perco a cadena. Depois disso fui descansar os braços e fui com a Tati no climatizado, onde o Hugo e a Lais já estavam. Fiquei por lá com eles até os braços voltarem ao normal.

Era hora de dar um pega na Cão e Gato, um lindo 7b de resista, com quase 30 metros de extensão. Entrei já fazendo força, e na altura do crux, entre a 5 e a 6 chapa, os braços já estavam meio bombados. Li a sequência correta e quase passo o crux à vista. Mas faltou um pouquinho de braço e eu acabei vacando. Voltei pra via, e passei o crux na segunda tentativa, mas o resto da via me cansou de novo, e fui continuando de chapa em chapa, equipando o restante. Desci completamente bombado e fui descansar de novo. Voltei no climatizado bem a tempo de ver a Tati tomar sua primeira vaca, guiando a Mata o Véi, um 5sup. Logo depois ela voltou pro lance e conseguiu fechar a via com uma queda. Orgulho de novo!

Para fechar o dia, resolvemos escalar uma via fácil na Serrinha, atrás da casa onde estávamos. Duas cordadas: uma de três com Brito, Janine e Lais, e outra comigo e a Tati. Na minha vez, escalei rápido para terminar antes da luz ir embora, e puxei logo a Tati. Pegamos o sol indo embora, e descemos no escuro, nos despedindo muito bem de Algodão, já que o domingo ia ser de estrada.

Se despedindo de Algodão de Jandaíra

Saímos cedo de Algodão, nos despedimos dos velhos e dos novos amigos, e pegamos a estrada. Café da manhã em Barra de Santa Rosa, almoço em Canoa Quebrada, e por volta das 18h da tarde estávamos em Fortaleza. Fim de mais uma trip, a primeira grande com a Tati, e foi tudo ótimo. Espero repetir mais vezes em outros picos!

 

 

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Felipe Camargo e Bianca Castro vencem o Brasileiro de Dificuldade 2014

2
Dec
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No último sábado, dia 29, aconteceu em São Paulo, no ginásio Casa de Pedra, o Campeonato Brasileiro de Dificuldade 2014, organizado pela ABEE. Essa foi a segunda competição oficial organizada pela entidade, que já tinha organizado o Campeonato Brasileiro de Boulder, em outubro no ginásio UBT Escalada em Brasília.

A competição foi bem disputada e teve boa participação dos atletas, com cerca de 70 atletas competindo nas diversas modalidades. A grande atração do evento foi a participação do escalador austriaco convidado David Lama. David, como se esperava, acabou ficando com o primeiro lugar da competição, mas obviamente, por não ter nacionalidade brasileira, não ficou com o título. Destaque também nessa edição do Brasileiro foi a participação de 5 atletas de Paraescalada, mostrando que há espaço para esses atletas no cenário nacional.

No masculino Pro o título ficou com o paulista Felipe Camargo, que mesmo com uma lesão no pulso, conseguiu o segundo lugar geral, e o título brasileiro. Mas por pouco Felipe não perde o título para o seu xará, Felipinho Ho, que havia se classificado na frente de Felipe para a final. Felipinho precisava repetir o Top de Felipe na via final, mas acabou escalando de forma mais lenta, e estourou o tempo regulamentar à 3 agarras do top. Realmente uma pena, mas ainda assim um grande resultado para o jovem de 15 anos de idade, que acabou ficando com o título Juvenil. Com certeza vamos ver grandes resultados dele nos próximos anos. Em terceiro ficou o também paulista André Maeoka.

Finalistas do Pro Masculino

Finalistas do Pro Masculino

No Amador Masculino, quem levou  o título foi o paulista Júlio Teixeira, com Victor Hiago em segundo e Francisco José Brasil Silva em terceiro.

No feminino Pro quem acabou ficando com título brasileiro foi a carioca  Bianca Castro, coroando também na resina a evolução constante que ela vem demonstrando na rocha. Em segundo ficou a várias vezes campeã brasileira Janine Cardoso, que volta à competir depois de uma fratura no pulso, no começo do ano. Em terceiro lugar ficou a mineira Patrícia Antunes.

No Amador Feminino, quem levou foi a mineira Monica Fuller, com a paulista Letícia Monaka em segundo e a também mineira, Raiane Melo em terceiro.

O Campeonato Brasileiro de Dificuldade fecha com chave de ouro um ano bastante importante para a escalada de competição nacional. O surgimento da ABEE jogou sangue novo no cenário e teve um grande apoio por parte dos atletas, que foram somente elogios para as duas competições oficiais. Obviamente que ainda há espaço para melhorar, mas para um primeiro ano de atividades, com certeza foi um grande trabalho, e 2015 promete muito mais. O Desce daí, doido! deixa os parabéns para a ABEE, e o nobre blogueiro fica feliz de ter podido ajudar com esse momento!

Campeonato Brasileiro de Dificuldade 2014

Pro Masculino

1. David Lama (AUS) *

1. Felipe Camargo (SP)

2. Felipe Ho (SP)

3. André Maeoka (SP)

4. Fred Botton (SP)

5. Alexandre Rajogopalan (SP)

Pro Feminino

1. Bianca Castro (RJ)

2. Janine Cardoso (SP)

3. Patrícia Antunes (MG)

4.  Ana Luisa Makino (SP)

5. Anna Shaw (SP)

Amador Masculino

1. Julio Teixeira (SP)

2. Victor Hiago (SP)

3. Francisco José Brasil Silva (SP)

4. Gabriel Mariutti (SP)

5. Matthew Kligerman (SP)

Amador Feminino

1. Mônica Muller (MG)

2. Letícia Monaka (SP)

3. Raiane Melo (MG)

4. Marina Lee (SP)

5. Camila Caggiano (SP)

Juvenil Masculino

1. Felipe Ho (SP)

2. Matheus Buschle (PR)

3. Vitor Miyazaki (SP)

4. Davi Peres (MG)

5. Alexandre Tanhoffer (PR)

Junior Feminino

1. Hellen Cristina da Silva (PR)

2. Gabriela Vescovi (SP)

Sênior Masculino

1. Luiz Afonso Coelho Brinco (SP)

2. Goro Shiraiwa  (SP)

3. Andre Maeda (SP)

4. Sérgio Brito Lima (DF)

5 .Luiz Alexandre Sanda (SP)

Sênior Feminino

1. Mieko Makino (SP)

O resultado completo da competição você pode conferir na fanpage da ABEE.

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Nova série com Felipe Camargo

28
Nov
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E finalmente saiu o primeiro episódio da nova série do Epic TV com Felipe Camargo, the Thrill of Brazil! Nesse primeiro episódio Felipe tem a companhia de Paul Robinson, em sua primeira trip para o Brazil. Os dois escalam em São Bento do Sapucaí e Ubatuba. 

A série ainda vai ter a participação de Patxi Usobiaga, e vai ter um episódio com o registo da cadena do primeiro V15 brasileiro, Fortaleza, em Ubatuba!

Confira abaixo o primeiro episódio!

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Tommy Caldwell encadena a última das cordadas mais difíceis da Dawn Wall

19
Nov
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Depois de 6 anos de tentativas, finalmente parece que o mega projeto de Tommy Caldwell em Yosemite, a Dawn Wall, está perto de sair. Ontem Tommy conseguiu encadenar em livre a última das cordadas mais difíceis da via, uma dss sete cordadas na casa 11º da parede. Isso significa que toda as cordadas da via já foram encadenadas, falta agora fazer a ascensão da via inteira desde o chão.

Tommy Caldwell na Dawn Wall (Foto: Jeff Johnson)

Tommy compartilhou ontem em sua conta no facebook a foto e o seguinte texto: “Oh meu Deus!! Depois de seis anos eu finalmente mandei essa monstruosa cordada. Inspirado pela luta de Kevin, que quase conseguiu. Isso oficialmente significa que todas as cordadas individuais difíceis foram encadenadas. Estou tão empolgado que as minhas mãos estão tremendo!

O Dawl Wall é o projeto mais antigo de Tommy, e já vai com 6 temporadas de tentativas, com parceiros diferentes. Kevin Jorgenson tem sido seu parceiro mais comum, mas já tentaram a via com ele Chris Sharma e Jonathan Siegrist. No total a via tem 30 cordadas, com sete delas ficando na casa do 9/10º grau e mais sete na casa do 11º, sendo três 11º seguidos.

Com o inverno chegando, Tommy agora tem pouco tempo para tentar uma ascensão desde o chão ainda nessa temporada. Mas sabendo que o objetivo está tão próximo, com certeza ele deve tentar até o último dia de tempo bom em Yosemite. Nós estamos na torcida!

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Jorg Verhoeven faz a quarta ascensão em livre da The Nose

7
Nov
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O escalador holandês Jorg Verhoeven, conseguiu ontem um feito alcançado por poucos. Ele escalou em livre a lendária The Nose, no El Captain em Yosemite. Jorg é agora o primeiro escalador não americano a conseguir escalar a via em livre, e apenas o quarto na história a conseguir tal feito.

Jorg Verhoeven no Great Roof

Jorg Verhoeven no Great Roof

Jorg contou em sua página no facebook, que conseguiu passar pelo difícil “Great Roof” no segundo dia, e conseguiu mandar a “Changing Corners” depois de duas quedas, na manhã seguinte. Jorg também escalou em livre outras duas vias em Yosemite, a Free Rider e a El Niño, já escalou 10c à vista, e encadenou 11b, além de ser um grande nome nas competições, com vitórias na Copa do Mundo de Dificuldade e bons resultados na Copa do Mundo de Boulder.

Lynn Hill foi a primeira pessoa da história a escalar a The Nose em livre, em 1993. Ela levou um total de 4 dias para vencer os 880 metros da via. No ano seguinte ela retornou e fez a primeira ascensão em livre em um dia. A segunda ascensão nesse estilo só veio em 2005, com Tommy Caldwell e Beth Rodden se revezando na ponta da corda.

Fonte: Climbing Narc e Climbing Magazine

 

 

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Encontro de Escalada em Sergipe

7
Nov
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Acontece nos dias 15 e 16 de Novembro, na cidade de Macambira, em Sergipe o 3º Encontro de Escalada Entre Amigos da Pedra da Arara. O evento visa promover o pico de escalada que vem ano a ano sendo desenvolvido pelos escaladores locais e já conta com cerca de 3o vias de escalada esportiva, variando do quinto a oitavo grau, assim como boulders e a possibilidade da prática do psicobloc.

O grupo de escalada EscalaCaju é o organizador do evento, que já está com inscrições abertas e inclui o alojamento dos participantes, assim como participar de sorteio de brindes dos apoiadores.

Para se inscrever e obter mais informações sobre o evento e o pico da Pedra da Arara,  acesse o site do EscalaCaju.

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Reel Rock 9 terá três exibições no Brasil

6
Nov
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Esse ano o Reel Rock  Film Tour, mostra de filmes de escalada idealizada pelas duas maiores produtoras americanas, Sender Films e Big Up Productions, vai ter sua terceira edição em solo brasileiro. Só que dessa vez a mostra deixa um pouco o eixo Rio-SP e vai contar também com uma terceira exibição em Curitiba.

A edição desse ano do Reel Rock vai trazer para o público o filme “Valley Uprising” que conta a história da Meca mundial da escalada tradicional, o Parque Nacional de Yosemite, na California. O filme, narrado pelo ator Peter Sarsgaard, tem a participação de grandes nomes da escalada americana, como Dean Potter, Lynn Hill, Alex Honnold, assim como lendas do Yosemite como John Long e Royal Robbins.

Para aqueles que não puderem comparecer em uma das exiboções, o filme Valley Uprising já está com pré-venda no site da Sender Films, e deve ser liberado para download HD no final do mês de novembro.

Confira o trailer:

 

Reel Rock Tour 9

18 de Novembro

Rio de Janeiro – Oi Casa Grande

19 de Novembro

Curitiba – Cine Guarani

25 de Novembro

São Paulo – Teatro FECAP

Pontos de Venda:

RJ: Loja The North Face Shopping Leblon (Leblon)/ Escritório Crux Ecoaventura (Gávea) / Loja On The Rock (Barra da Tijuca)/ Loja Adventura (Centro)
Curitiba: Loja The North Face (Park Shopping Barigui)/ Loja e Ginásio Campo Base/ Loja Território (Shopping Paladium e Shopping Cristal)/ Loja Canyon Adventure”
SP: Loja The North Face (Shopping Morumbi e Iguatemi)/ Loja e Ginásio Casa de Pedra/ Loja Bivak/ Loja Mundo Terra Pinheiros.

Mais informações na página do evento no Facebook.

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ABEE abre inscrições para o Brasileiro de Dificuldade

23
Oct
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Depois de realizar, em etapa única, o Brasileiro de Boulder, que aconteceu no começo do mês em Brasília, a ABEE abriu ontem as inscrições para a etapa única do Campeonato Brasileiro de Boulder 2014. A competição vai acontecer no dia 29 de Novembro, no ginásio Casa de Pedra, em São Paulo.

Assim como foi em Brasília, mais uma vez os atletas estarão divididos nas categorias Pro e Amador, com o Juvenil e Junior fazendo parte do Pro e o Sênior do Amador. A novidade na competição vai ser a adição da categoria Paraclimbing. A disputa vai se dar em duas vias classificatórias, todas guiadas (exceto para o Paraclimbing), com final para as categorias Pro.

Para saber mais detalhes da competição e efetuar a sua inscrição, acesse o site da ABEE.

 

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Felipe Camargo e Camila Macedo vencem o Brasileiro de Boulder 2014

7
Oct
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Depois de um ano sem competições nacionais oficiais, a ABEE (Associação Brasileira de Escalada Esportiva) surgiu para tentar fechar essa lacuna e voltar a organizar as competições de forma regular e sustentável. Esse final de semana foi o primeiro “teste” da associação organizando uma competição, o primeiro Brasileiro de Boulder, que rolou no ginásio UBT Escalada em Brasília. E tenho que dizer, apesar de ser suspeito, que o primeiro teste foi vencido com êxito. Mesmo com pequenas falhas aqui e ali, o evento foi um sucesso e os atletas que compareceram abraçaram a competição e transformaram o Brasileiro de Boulder 2014 numa grande festa e um belo espetáculo.

A competição teve o formato festival para a classificatória da categoria Pro, com final de 6 atletas, e somente festival para a categoria Amador. A presença dos atletas foi massiva e cada festival contou com cerca de 50 escaladores. O festival pro rolou de manhã, com todos os mais fortes escaladores participando e buscando um lugar na final, e no começo da tarde rolou o festival amador, do qual participei, que teve um clima mais descontraído, sem fiscais, mas que funcionou bem. Foram 3 horas de muita escalada para cada festival, com belos momentos em ambos e todos escalando ao máximo os 35 boulders criados pelos route setters André Berezoski e Marcelo Balesteros.

Festival bastante movimentado no Pro e no Amador (Foto: Pedra Viva)

Desses festivais acabaram sendo definidos os campeões Junior, Juvenil, Amador e Sênior. No Junior, o grande campeão foi o brasiliense Rodrigo Cesar, que escalou muito e garantiu o primeiro lugar a frente de Yan Kalapothakis e Ian Padilha. No juvenil, o grande campeão foi o paulista Felipe Ho, que por pouco não conseguiu um lugar na final Pro, caso não tivesse esquecido de juntar as mãos no domínio de um dos boulders do festival, o que o deixou em 7º lugar na classificação geral. Em segundo no juvenil ficou o paranaense Matheus  Buschle e em terceiro o paulista Vitor Miyazaki.

Felipe Ho, campeão juvenil e por pouco não entra nas finais. (Foto: Pedra Viva)

No Amador, os representantes do Distrito Federal marcaram presença no podium. No Masculino, quem ficou com o título foi o brasiliense Daniel Carneiro, com o também brasiliense Davi Fantino em segundo e o paulista Renato Salgado em terceiro. No feminino a campeã foi a brasiliense Juliana Nunes, com a mineira Thalita Barbosa em segundo, e a também brasiliense Carol Machado em terceiro. No sênior feminino, a única competidora e campeã foi a paulista Mieko Shraiwa, já no masculino tivemos podium completo, com o brasiliense Sérgio de Brito em primeiro, o paulista Goro Shiraiwa em segundo e o mineiro Haroldo Diniz em terceiro.

A noite rolou a grande final, com 3 boulders para o masculino e 3 para o feminino, que escalaram simultaneamente e o que deixou tudo mais dinâmico e bonito de assistir. O público compareceu em peso, lotando cada pequeno espaço sobrando do ginásio. Estava bonito de ver!

Ginásio lotado nas finais!

Ginásio lotado nas finais! (Foto: UBT Escalada)

Além dos nomes já esperados nas finais, como Felipe Camargo, Pedro Raphael, Thais Makino, Camila Macedo, também teve espaço para gente nova chegar e disputar a final, mostrando uma boa renovação no cenário competitivo nacional. Foi o caso dos escaladores Jonas Leffeck, de Campo Alegre, e Guilherme Costa de Goiânia, que completaram os finalistas masculinos com Rafael Passos e Gustavo Fontes. No feminino tivemos a surpreendente Glauce Ibraim do Rio de Janeiro, que em 2012 disputou o amador, e esse ano já figurou entre as grandes do Brasil, formando a final junto com Maira Vilas Boas, Patrícia Antures e Mara Imbellone.

Camila Macedo no primeiro boulder da final

Camila Macedo no primeiro boulder da final

A final feminina viu todas as atletas fazerem top flash em todos os boulders, deixando no ar a possibilidade de que ou os route setters subestimaram o nível feminino, ou a mulherada subiu muito o nível nos últimos dois anos. Aposto mais na segunda opção. No final das contas, com todas fazendo top flash, o resultado ficou sendo o do festival, que teve a paranaense Camila Macedo em primeiro, Patricia Antunes em segundo e Thais Makino em terceiro.

Felipe Camargo fazendo o top do último boulder da final. (Foto: UBT Escalada)

Felipe Camargo fazendo o top do último boulder da final. (Foto: UBT Escalada)

Já a final masculina teve todos os ingredientes de uma grande final. O primeiro boulder foi encadenado por todos. Já o segundo foi um problemão, e viu quase todas as tentativas fracassarem, exceto a de Felipe Camargo, que conseguiu o top flash. No último boulder, o brasiliense Pedro Raphael ainda conseguiu a cadena, mas já era tarde. Felipe já havia garantido o título por ter sido o único com dois tops flash. Mas ainda assim, ele mais uma vez mostrou porque tem ganhado tantos títulos, e também fez top flash, encerrando com 100% de aproveitamento a final e garantindo primeiro título brasileiro pela ABEE.

Foi um dia intenso, de uma energia incrível em Brasília, e que mostrou que ainda deve vir muita coisa boa no cenário de competições nacionais. Fica aqui os parabéns à ABEE e sua diretoria, que acreditaram que um recomeço era possível, e tiveram a coragem de dar a cara a tapa e fazer acontecer uma competição desse nível. Que venha agora o Campeonato Brasileiro de Dificuldade 2014, em São Paulo, na Casa de Pedra, dia 29 de Novembro!

Campeonato Brasileiro de Boulder 2014

Pro Masculino

1. Felipe Camargo (SP)

2. Pedro Raphael Medeiros (DF)

3. Raphael Passos (DF)

4. Jonas Leffeck (SC)

5. Guilherme Cesar (GO)

6. Gustavo Fontes (MG)

Pro Feminino

1. Camila Macedo (PR)

2. Patricia Antunes (MG)

3. Thais Makino (SP)

4. Glauce Ibraim (RJ)

5. Mara Imbellone (MG)

6. Maira Vilas Boas (MG)

Junior Masculino

1. Rodrigo Cesar (DF)

2. Yan Kalapothakis (MG)

3. Ian Padilha (PR)

4. Lucas Groenner (MG)

5. Ikan Maia (CE)

Juvenil Masculino

1. Felipe Ho (SP)

2. Matheus Buschle (PR)

3. Vitor Miyazaki (SP)

4. Alex Mendes (MG)

5. Emanuel Siqueira (MG)

Amador Masculino

1. Daniel Carneiro (DF)

2. Davi Fantino da Silva (DF)

3. Renato Salgado (SP)

4. André Carvalho (SP)

5. Gabriel de Oliveira (DF)

Amador Feminino

1. Juliana Nunes (DF)

2. Thalita Barbosa (SP)

3. Carol Machado (DF)

4. Andreia Farias (SP)

5. Janine Falcao (PB)

Sênior Masculino

1. Sérgio de Brito Lima (SP)

2. Goro Shiraiwa (SP)

3. Haroldo Diniz (MG)

4. João Pereira (GO)

Sênior Feminino

1. Mieko Shiraiwa (SP)

 

 

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