jump to navigation

Caçando pedras

segunda-feira, 29 de junho de 2009 , 4 comentários

Estamos precisando de um local mais próximo de Fortaleza que possa servir de campo escola. Um lugar de fácil acesso, e que possibilite uma boa variedade de níveis de dificuldade, e que torne mais fácil o acesso dos novatos à rocha!

Com esse intuito, saímos nesse domingo, eu, Marcos e Paulo Joca, à caça de algumas pedras que poderiam se encaixar nessa descrição. Saímos cedo de casa e pegamos a estrada rumo à Pacatuba, à 20km de Fortaleza, local da nossa primeira opção. Uma pedra que já tinha sido conquistada e frequentada anteriormente e que por motivo que eu ignoro, foi deixada de lado.

Chegamos no local por volta das oito e meia da manhã. Uma fazenda onde funciona uma granja e que abriga uma reserva particular homologada pelo Ibama. Falamos com a proprietária, que ficou surpresa da aparição de escaladores no local depois de tanto tempo, mas que ainda assim deu permissão para escalarmos no local. O problema foi que nenhum de nós sabia onde ficava exatamente a pedra, e o único funcionário do local que sabia, não estava. Com isso tivemos que deixar para ver a pedra outro dia, mas pelo menos o contato já tinha sido feito.

Próxima parada foi em Maranguape, também a 30km de Fortaleza. Dessa vez fomos dar uma olhada em algumas pedreiras desativadas, para caso a busca por paredes naturais se mostre infrutífera.

Da estrada já se avistava 3 grandes pedreiras. Paramos o carro e continuámos a pé até as pedreiras. A primeira pedreira me pareceu bastante satisfatória, de tamanho razoável e fácil acesso. Consegui já visualizar algumas possíveis linhas, mas não chegamos a verificar a integridade da rocha.


A primeira pedreira

Seguimos caminhando à procura de mais pedreiras. Passamos por duas pequenas, mas que não me pareceram muito boas para se abrir vias. Continuamos andando e chegamos em um portão da antiga pedreira. Entramos, chamando para saber se tinha alguém no lugar. Ninguem respondeu. Seguimos em direção à pedra. E que pedra! Fiquei espantado com o tamanho da parede que se erguia na nossa frente. Não consigo mensurar direito, mas creio que tinha pelo menos uns 30 metros de altura, e se estendia por um semicirculo de uns 50 metros de raio, o que deve dar uns 150 metros de parede. Incrível o lugar.


Olha o tamanho do Marcos em relação à pedra!

O Marcos chegou a tentar subir um pouquinho, segurando em um batente que parecia bastante sólido, mas ele veio inteiro na mão dele. Esse é o grande problema de pedreira, tudo solto. Mas quem sabe com uma boa limpeza ele possa chegar a ser escalável.

Caso as opções naturais se mostrem realmente inviáveis, uma pedreira dessa poderia ser muito bem utilizada. Teria que se entrar em contato com os proprietários do lugar e saber se a pedreira poderia ser explorada nesse sentido. Quem sabe poderia até se fazer um trabalho de reflorestamento, e surgir ali algo como um parque. Seria uma oportunidade de devolver à natureza uma área completamente degradada pela extração de rocha.

Ainda existem outras opções, ainda em Maranguape, sem contar outros lugares próximos que precisam d eum olhar mais cuidadoso, como a cidade de Itaitinga. Mas acho que estamos bem mais próximos de termos um campo escola nas proximidades de Fortaleza, o que vai ser de grande importância para o crescimento da escalada por aqui.

Escrito por Neudson Aquino em : Lugares, Maranguape

Boulders, sol quente e macaxeira frita!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008 , 2 comentários

Domingão. Última corrida de Formula 1do ano na Globo, Massa com chance do título. Tinha tudo pra ser um domingo em casa na frente da TV. Mas vida de escalador é estranha mesmo. Meu domingo não foi de praia, nem de Formula 1, foi domingo de Boulder! E eu só digo uma coisa: quero mais domingos assim!!

O destino escolhido foi Maranguape, mas antes de falar melhor de como foi, tenho que esclarecer algo. Aqui no Ceará praticamente não existem boulders abertos, muito menos catalogados. O pessoal prefere se concentrar somente nas vias esportivas, e os pequenos blocos ficam meio de lado. Então a intensão básica com essa ida a Maranguape, era encontrar os blocos que já tinham sido abertos e catalogar, e com sorte ir atrás de outros, quem sabe, muitos outros.

Na estrada, a serra a frente!
Na estrada, a serra a frente!

Na estrada, a serra a frente!

(mais…)

Escrito por Neudson Aquino em : Boulder, Escalada, Maranguape, Viagem