Felipe Camargo encadena dois 10b no Sítio do Rod

29
Jul
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Felipe Camargo, de volta ao Brasil depois de 3 meses na Europa, está por esses dias em Minas, onde participou do Festival da Pedra Rachada semana passada, e aproveitando o embalo resolveu também dar uma conferida nas duas primeiras vias de 10º grau do Sítio do Rod.

Acompanhado de Tomaz “Droza”, Felipinho fez trabalho rápido dos 2 projetos, Poder Paralelo e Heterosapiens, sugerindo o grau de 10b para as duas, mas deixando em aberto a possibilidade da Poder Paralelo ser um 10c! É o Sítio do Rod ficando casca! Parabéns, Felipe!

Fonte: Abrigo Lapinha

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Sábado de visita no Assombrado

12
Jun
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Esse sábado foi movimentado  no Assombrado, que recebeu a visita de 5 escaladores de fora do estado. Convencidos pelo Claudio Tapié, de São Paulo, com quem eu já tinha escalado uma vez por aqui, o pessoal do Rio Grande do Norte resolveu descer de serra e conhecer os “quintinhos” cearenses. Da galera que veio eu só conhecia mesmo o Denn, que foi quem recepcionou os monstrinhos na trip em Serra Caiada ano passado. Junto com ele vieram Iraê, Leo “boulder” e Ari.

O pessoal de RN veio de carro e foi direto pra Redenção, chegando de madruga e ficando acampados no Balneário Lage que fica em frente à pedra. O Claudio veio de avião e chegou por Fortaleza de noite, caiu aqui por casa pra dormir e se juntou ao bonde dos monstrinhos no sábado de manhã pra lá.

Chegamos por lá por volta das 10 da manhã e fomos encontrar a galera do RN ajeitando as coisas no carro, com uma vista fantástica da pedra a partir do balneário. Mas sem muito papo furado, pegamos as coisas e subimos pra pedra.  Resolvemos começar os trabalhos no trecho próximo a Iokiko 7a/b, que era um local onde só havia essa via, mas agora já tem mais 3: Busão, Rapsódia e Tenda Doida, na ordem que aparecem na pedra. A dica pra galera era entrar na Iokiko, 7a já clássico do Assombrado, bem constante e forte. Enquanto isso eu e o Daniel fomos experimentar o novo trabalho da dupla Mario e Damito, a via Busão!

A via é ótima! Bem grampeada e protegida, você não sente nenhuma receio de encarar os lances na ponta da corda. E são lances bem diferentes do tradicional de Redenção. A via é um pouco positiva, mas sem muitas agarras, então o negócio é realmente se posicionar direito, confiar na sapatilha e tocar pra cima. Uma pintura! A primeira ascensão ficou a cargo do criador Damito, seguido pelo Daniel, Leo boulder e eu.

A Iokiko já deu um pouco mais de trabalho pra o pessoal e só o Leo saiu da pedra com a cadena da via, fazendo bom uso da sua envergadura para vencer alguns dos lances mais difíceis. Denn deixou pro domingo pra encadenar esse “quintinho” de Redenção.

A Tenda Doida também teve cadena do Leo boulder, e também não saiu de graça. O crux, logo depois da segunda chapa é bem exigente, uma oposição num reglete pra bater numa agarra abaulada com a esquerda e daí tentar subir o pé e fazer uma pequena travessia pra direita por uma sequencia de batentes abaulados. Eu acho que a via fica na casa do 7a. O único porém da via, é a primeira chapa muito alta, com um lance de saída que não é fácil, e a posição da chapa que protege o crux, que poderia estar mais acima, deixando o lance menos exposto. Mas ainda assim, uma linha legal!

Com a nossa hora chegando, resolvemos descer e mostrar o caminho da Pedra Vermelha pra o pessoal. Mas o mato estava muito alto e não houve condições de chegar perto da pedra. Foi o jeito abortar a tentativa, pegar os facões e voltar depois.

Deixamos a galera por lá, onde ainda vão escalar e abrir via nesse domingo, e voltamos pra casa. Valeu galera do RN, Denn, Leo, Iraê, Ari, valeu Claudio! Voltem sempre, e vamos marcar a trip pra conhecer outro pico cearense: Tejuçuoca!

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Sharma e Ondra juntos na tentativa do 12c!

29
Mar
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Um post totalmente sensacionalista! O site 8a.nu reporta, com base nas informações do fotógrafo Vojtech Vrzba, que Chris Sharma e Adam Ondra teriam firmado uma “parceria” para tentarem a cadena da polêmica Chilam Balam de Bernabé Fernandez. A via, supostamente escalada pelo próprio Bernabé, foi cotada no incrível grau de 12c (9b+ fr), quando a via mais difícil da época era o 12a da Realization (Biographie). Sharma já tentou a via, por 3 semanas e fez a via com uma queda.

Será que os dois monstros da escalada vão conseguir a cadena de um 12c?! Confira o vídeo abaixa, mostrando a via!

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A polêmica David Lama e Cerro Torre

31
Jan
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Ano passado se iniciou um grande debate a cerca da tentativa de escalada da via do Compressor, no Cerro Torre, pelo escalador austríaco David Lama. A acusação era que o escalador teria adicionado 60 chapas à via e deixado muito material na montanha. Agora o debate esquentou outra vez, devido a notícias de que David Lama vai voltar ao Cerro Torre para completar seu projeto e que dessa vez pretende grampear parte da via de cima. Então resolvi ler sobre o assunto e tentar formar melhor minha opinião sobre.

Para começar, me informei sobre a via do Compressor no Cerro Torre, que  já é polêmica por si só. Em 1970, para provar que tinha conseguido chegar no cume do Cerro Torre em 1959, o escalador Cesare Maestri trouxe uma grande equipe, fartamente equipada e basicamente construiu uma escada de chapas até o cume. Foram mais de 450 chapas fixadas com a ajuda de um compressor movido à gasolina (o compressor ficou por lá, por isso o nome da via). Desde então se discute sobre retirar ou não as chapas.

Em 2009, David Lama chegou na Patagônia para fazer a tentativa de escalar a via em livre (não confundir com escalar em solo), juntamente com uma equipe de filmagem patrocinada pela Red Bull, para documentar o feito. O time desceu do Cerro Torre sem conseguir a ascensão, e deixando novas chapas e equipamento na rocha (cordas fixas e haul bags). E foi ai que começou o problema.

A equipe e David Lama se defenderam. Lama disse que as chapas não foram colocadas por ele, para ajudar na sua escalada, mas sim para deixar mais seguro o trabalho da equipe de filmagem. E que essas foram decisões tomadas pelo guia da equipe responsável pela documentação da tentativa. Na verdade, a idéia era completar a via, e descer removendo as chapas adicionadas para ajudar nos trabalhos. A Red Bull respondeu às criticas dizendo que as chapas e os equipamentos foram deixados no local devido ao mal tempo, que não permitiu que a equipe fizesse o trabalho de limpeza. Uma equipe de escaladores locais teria sido contratada um mês depois para “limpar” a via, mas descobriu que a quantidade de material reportado pela Red Bull e Lama era bem menor do que a que existia. Mais lenha na fogueira!

Depois de ler tudo isso eu fiquei pensando: existe realmente motivo pra tanta discussão, tanta agressividade direcionada ao escalador David Lama e tanta revolta? A conclusão que eu cheguei, é que pra discutir sim. Afinal de contas é um debate “ético” e de estilo, e nada impede que outras pessoas expressem suas opiniões. Mas agora pra ser agressivo e se revoltar como se fosse o fim do mundo, ai já acho exagero.

Ficou claro pra mim, que as chapas fixadas não foram para deixar a escalada de David Lama mais fácil, já que ele pretendia fazer a via em livre e não em artificial como ela é naturalmente feita. E foram adicionadas por motivos de segurança para a equipe de filmagem e que seriam removidas depois, e não foram devido a um erro de logística e planejamento.

Sabendo disso, eu me pergunto como são filmados todos os outros filmes de escalada que nós assistimos? Uma coisa é certa,  eles tem que ficar parados durante muito tempo em um só lugar para captar as imagens. Agora como é feito isso? São em novas chapas, em equipamento móvel (eu nunca ficaria parado num móvel filmando com uma câmera profissional comigo) ou em cordas fixas? Cordas fixas me parece o melhor modo (o que explicaria as cordas deixadas na montanha pela equipe da Red Bull), mas seria o melhor modo de fazer isso no Cerro Torre? Onde o clima é sabido de ser um dos (se não o pior) do mundo? Será que realmente não é mais seguro ficar parado em chapas bem firmes na rocha? Eu não sei, nunca fiz um filme de escalada, nem nunca escalei o Cerro Torre, quanto mais os 2 ao mesmo tempo. Mas vamos divagar. Se é assim que todos os filmes são feitos, por que ninguém nunca reclamou até agora? A gente só vê o produto final, prontinho em HD, no conforto dos nossos Home Theathers equipados com TVs FullHD de Led, então a gente nunca se importa! Seria por que nas outras vezes deu tudo certo e eles tiraram tudo que colocaram, voltaram pra casa, e ninguém nunca precisou ficar sabendo?! Se é, então não existe razão nenhuma pra tanta choradeira. Ou então vamos deixar de assistir filmes de escalada, ou só ver filme de boulder! Mas se não, temos que nos perguntar se as chapas colocadas realmente eram necessárias para garantir a segurança da equipe de filmagem. Mais uma vez, se sim, não existe motivo pra reclamar, até por que elas seriam removidas depois, e se foram deixadas lá foi por um motivo de força maior. Mas ainda assim, como diz o matuto, o que diabo é um peido pra quem já tá todo cagado? A via já tem mais de 450 chapas, mais 60 ali não vai nem feder nem cheirar.

Pode-se dizer que as chapas estavam na linha da via, ou muito próximo, atrapalhando os escaladores. Mas o fato é que as recentes tentativas de ascensão da via do Compressor tem sido feitas buscando não usar uma chapa sequer. Feito que quase foi conseguido pela dupla de escaladores Josh Wharton e Zack Smith. Então, não dá pra dizer que elas atrapalham a escalada, quando alguém escalando pode decidir simplesmente ignora-las e escalar no estilo que achar melhor.

Então pra mim, nesse caso das chapas, me parece muito barulho por nada. A via já é super grampeada, e os grampos que já existiam antes não impedem ninguém de não usá-los se quiser. O mesmo aconteceria com os demais. E dizer que mais 60 grampos nessa via é um impacto ambiental, pra mim é idiotice. Mais impacto é gastar energia e queimar combustíveis fósseis pra ir escalar de carro ou de avião, mas disso ninguém reclama, por que é um “mal necessário”!

Agora quanto à segunda polêmica, de David Lama grampear parte da via de cima, eu já acho um vacilo do moleque. Por que já que ele está indo escalar uma via dessas, ele poderia muito bem fazer tudo no estilo de escalada da via. E esse tipo de via nunca se conquista de cima (até porque nunca se tem acesso ao cume pra rapelar) e sim de baixo. Ele só pode fazer isso por que já existe um jeito de subir até lá. Então é mais uma questão de estilo e não ética. Mas não acho também o fim da picada, a coisa mais horrível que já aconteceu. Por que até onde eu li, se ele quiser mesmo escalar a via em livre, uma nova variante vai ter que ganhar mais alguns grampos, já que a via original tem um trecho completamente em artificial numa parede completamente lisa. Então se ele fizer isso e mandar a via em livre, as chapas desnecessárias poderiam ser retiradas e a via ficar “limpa”. O legado seria uma via foda, num lugar foda, com o detalhe que teve um pequeno trecho conquistado de cima. O que no final das contas não ia mudar em nada a via para os que a escalassem depois. O único que estaria perdendo com isso seria o próprio Lama, que deixaria de lado a oportunidade de ser um escalador respeitado por todos, por ter escalado a via em livre e ainda conquistado parte dela no melhor estilo possível. Mas resta saber se ele se importa com isso, o que vai de encontro ao que todos dizem que ele quer com toda essa história: fama e fortuna!

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Finalmente de volta!

26
Jun
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Depois de meses com o Desce daí, doido! fora do ar, finalmente estou de volta. Mas antes de mais nada, uma explicação sobre o por que do sumiço.

O servidor onde o Desce daí estava hospedado sofreu um severo ataque de virus (pelo menos foi o informado) que atingiu vários “storages” do servidor, incluindo o que hospedava o blog. Segundo a empresa, foi feito o possível para tentar colocar tudo no ar de volta, mas alguns dados foram perdidos.

O Desce daí, doido! estava entre os que tiveram dados perdidos, e como o amadorismo do primeiro momento não previu um “back-up” local para os dados, todos os post foram perdidos. Foi realmente triste perder tudo que foi colocado de informação aqui: notícias, vídeos, relatos, fotos; mas infelizmente aconteceu e foi o jeito recomeçar do zero.

Aproveitei o blog fora do ar para fazer uma mudança de layout, mudando a marca, e dar um pouco mais de personalidade ao Desce dai, doido! Aos poucos irem melhorando mais, ajustando o visual, adicionando novos recursos. Espero que tenham gostado da nova cara do blog e que voltem a ter no Desce daí, doido! uma fonte de informação sobre o mundo da escalada, no Ceará, no Brasil e no mundo!

Postado por Neudson em : Sem categoria