Primeira edição da Revista Montanhas disponível on-line

23
Nov
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Pra quem ainda não sabe, o mês de setembro viu nascer uma nova revista de escalada no Brasil, a Revista Montanhas. O primeiro número veio bem recheado, cheio de matérias legais, e contou com a colaboração desde blogueiro que vos escreve, que assina a coluna “Ecos da Montanha” da revista, trazendo em notas rápidas, algumas notícias da escalada nacional e internacional.

Quem assinou ou comprou a revista, recebeu em casa o seu exemplar, com toda a comodidade. Mas se você ficou na dúvida e quis dar uma olhada primeiro antes de se decidir, agora já pode conferir a íntegra da revista on-line. Depois que você der essa conferida, você pode já garantir a sua assinatura e até mesmo comprar essa primeira edição para ter em casa, no clube de escalada, na academia, etc. Vale a pena, não só pra apoiar a iniciativa, mas porque é uma revista que já começou boa, e que tende a ficar ainda melhor a cada nova edição.

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CBME irá se desfiliar do IFSC

12
Nov
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E o boato que vinha aos poucos se espalhando pela comunidade escaladora brasileira se confirmou. A CBME (Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada) decidiu em sua assembleia anual que não vai mais pagar a anuidade do IFSC (International Federation of Sport Climbing), se desfiliando assim da entidade que regula as competições internacionais e impossibilitando os atletas brasileiros de participar de qualquer competição oficial da entidade, como Campeonato Mundial, Copas do Mundo, Campeonatos Juvenis, etc. Depois de um ano sem campeonato brasileiro de escalada, essa decisão da CBME vem meio como a “cereja do bolo” na eterna crise da escalada de competição nacional. Confira o presidente Silverio Nery falando da decisão no vídeo abaixo:

Já escrevi anteriormente sobre a não realização do campeonato brasileiro esse ano, e levantei algumas das possíveis causas do certame nacional der dado pra trás. Fui até meio político e tentei não culpar ninguém pelo ocorrido. Mas depois dessa decisão da CBME, pelo menos pra mim, fica clara a posição da entidade, que desde muito antes já se percebia: a CBME não tem o menor interesse na escalada de competição.

Sei muito bem que é difícil organizar competições, ainda mais quando não se tem muitos recursos, mas eu pergunto: o que a escalada tem de diferente de outros esportes? Praticamente todo esporte, até os menos expressivos, conseguem ter competições nacionais regularmente organizadas, com patrocinadores, premiação e atletas motivados. Nós temos Campeonato Brasileiro até de Futebol Americano, pra você ter uma ideia. O que faz então a escalada não conseguir tirar o pé da lama no caso das competições?

Pra mim a resposta parece clara. Os outros esportes tem entidades que tem como o vetor principal de difusão das suas modalidades justamente as competições. E isso acontece porque, na maioria dos caso, esses outros esportes não tem outras questões “maiores” para lidar, como no caso da escalada. Na escalada, além do aspecto competitivo, ainda existem aspectos gerais da atividade dentro do ambiente natural. Questões de acesso à áreas de escalada, questões de formação de montanhistas, de prática segura do esporte, de impacto ambiental, questões éticas, que com certeza devem ser vistas hoje na  CBME como mais importantes do que as competições. Não estou dizendo que não sejam, nem que não devam ser valorizadas. Mas o fato de receberem mais atenção acaba deixando a escalada de competição relegada a um segundo plano. O que faz com que os campeonatos acabem caindo na prática do “se der a gente faz”.

Cesar Grosso é um dos que não poderam competir internacionalmente

Cesar Grosso é um dos que não poderão competir internacionalmente, mesmo que queira.

Na fala do presidente até faz sentido. Se não fazemos nem sequer um campeonato brasileiro, para que pagar uma instituição internacional que promove campeonatos que os brasileiros nem sequer participam? Realmente a participação brasileira nas competições internacionais é bem pequena, com poucos atletas participando de competições esporádicas. Mas a decisão acabou deixando esses atletas sem opção nenhuma para participar das competições internacionais, mesmo que queiram. E isso de forma alguma é algo positivo.

Eu gostaria muito de acreditar que o dinheiro que vai ser economizado com o pagamento do IFSC vai ser revertido para um fundo de competições nacionais, para ajudar a bancar o campeonato brasileiro de 2014, mas não creio que vá ser isso que irá acontecer. Acho que enquanto a CBME ficar como orgão regulador das competições nacionais, não vejo o quadro mudar muito, justamente pelo que comentei acima: foco!

Talvez a solução seja aproveitar o momento e  iniciar a formação de uma nova entidade que vá regular e promover a escalada de competição. Foi assim com o próprio IFSC, que nasceu quando o UIAA, que era o responsável pelas competições até então, se mostrou sem condições de gerir as competições juntamente com as suas outras atribuições. Após a criação do IFSC a escalada de competição cresceu assombrosamente em nível mundial, chegando esse ano a disputar uma vaga nas Olimpíadas de 2020.

Outro local onde as competições são destaque e que tem um orgão especialmente voltado para a escalada de competição é os Estados Unidos, com o USA Climbing, que promove todas as grandes competições nacionais e regionais e permite a filiação direta dos atletas à organização.

Tentando ver o copo meio cheio, talvez a decisão da CBME não seja tão ruim assim. Talvez seja o que estávamos precisando para realmente mudar o rumo da escalada de competição nacional. E espero sinceramente que a CBME enxergue a possibilidade de se desapegar das competições (se é que a ideia já não é essa) e abra espaço para que uma nova entidade surja, dessa vez com as competições como foco, e ai quem sabe, teremos um cenário de escalada esportiva de competição mais atuante e forte.

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VII Caldeirão do Behne em Ivoti

11
Nov
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A Associação Gaúcha de Escalada (AGM) promove nos dias 7 e 8 de Dezembro o VII Caldeirão do Behne, evento de escalada que todo ano reúne vários escaladores na cidade de Ivoti, RS.

Ano passado o evento congregou cerca de 180 escaladores e esse ano pretende superar os números de 2012. A grande novidade do evento esse ano vai ser a realização de um campeonato de  ”psicobloc”, ou quase, que os organizadores estão chamando de Piscino Blox. A competição vai ter categorias profissional e amador e terá premiação em dinheiro!

O evento vai contar ainda com palestra do escalador carioca Sérgio Tartari, falando sobre as suas escaladas e conquistas ao longo dos 33 anos dedicados ao esporte.

As inscrições para o evento já estão abertas, e até o dia 30 de Novembro os ingressos custam R$ 45. Para maiores informações, entrar em contato com a AGM pelo email: 

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Daniel Woods encadena o que pode ser seu primeiro V16

5
Nov
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Depois de ver sua primeira proposta de V16 ser decotada e ficar na casa do V15, Daniel Woods encadenou esse final de semana um problema que pode chegar a ser seu primeiro V16. Daniel fez o FA do sit-start do boulder The Ice Knife V15, no Colorado. A versão “em pé” do boulder aberto por Dave Graham em 2011 já havia sido encadenado por Daniel Woods e Paul Robinson esse ano.  A nova versão do boulder, encadenada por Daniel, é consideravelmente mais forte do que a linha original, e é, segundo o escalador, o boulder mais forte que ele encadeou até agora.

Daniel Woods no Sit-Start do The Ice Knife

Daniel Woods comentou em entrevista para a Rock and Ice, que a nova saída adiciona quatro movimentos na casa do V12 à linha, no mesmo estilo de compressão do problema original. Daniel batalhou durante 13 dias até conseguir a cadena, que segundo ele, depende bastante de condições ideais de aderência. Quanto ao grau, Daniel é cauteloso. Apesar de considerar o boulder mais forte que ele já encadenou, Daniel revela que ainda precisa escalar outros boulders, como Lucid Dreaming V15, Gioia V16 e Living Large V15, antes de se decidir quanto ao grau.

Confira abaixo o vídeo com as cadeias de Daniel e Paul Robinson da linha original, um V15.

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