Uso de friends e ATC pode ser proibido no Brasil!

17
ago
4 betas
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Não, não é os escaladores brasileiros querendo imitar a República Tcheca e banindo das paredes brasileiras as proteções móveis. É mais uma lambança dos legisladores brasileiros, que sem entender absolutamente nada de esportes de aventura, muito menos de escalada, e influenciados pelo lobby gigantesco das empresas de turismo encabeçadas pela ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura) tem criado projetos de lei estapafúrdios que ameaçam acabar com a prática livre do montanhismo no Brasil.

Primeiro foi aquele lance da regulamentação dos esportes, que quase ia cair no colo da ABETA e das empresas de turismo, deixando as confederações de montanhismo sem função nenhuma, praticamente obrigando todo escalador que quisesse subir um pedaço de pedra no Brasil, tivesse que ou ser certificado pela ABETA, ou estar acompanhado de um guia certificado por ela.  Mas a galera da montanha fez barulho, e acabaram alterando o texto, deixando mais clara a diferença entre “Esporte de Aventura” e “Turismo de Aventura”.

Tava indo tudo jóia, tudo bacana, a certificação de instrutores de montanhismo ficaria nas mãos das entidades de montanhismo, tudo lindo. Mas passando pela Câmara, adicionaram 3 emendinhas: a primeira muda o lance da certificação e diz que tem que ser certificados pelas entidades tanto os instrutores quanto os praticantes. Ou seja, pra escalar você vai ter que ter carteirinha de algum clube, alguma associação ou coisa que o valha. A CBME é contra essa emenda.

A segunda emenda é uma casquinha de banana. Versa sobre a certificação dos equipamentos, e diz que só podem ser utilizados equipamentos certificados pelas entidades de montanhismo. Como a CBME é filiada a UIAA e esta já faz certificação de alguns equipamentos, a história não causou tanto alarde. Mas o negócio é que a UIIA não certifica todos os equipamentos, como por exemplo os friends, ATCs e fitas de escalada. Assim sendo, caso seja aprovada essa emenda, os escaladores brasileiros vão estar proibidos de usar esses equipamentos, até que eles sejam certificados por alguma entidade desportiva, o que com certeza deve demorar pra caralho!

O projeto ainda vai voltar para o Senado para ser avaliado e aprovado, ou não. Como a Inês ainda não é morta, está rolando um abaixo-assinado contra essas emendas, que eu já assinei e recomendo “dicunforçamente” que qualquer escalador também assine. Sempre tive o pé atrás com abaixo-assinados, mas esse a causa é muito mais do que nobre e vale a pena pelo menos tentar sensibilizar nossos queridos e amados legisladores (pra não dizer outra coisa).

E se você quer saber mais sobre toda esse vai e vem de leis, ABETA, certificações, proibições, ou seja, essa lambança toda que tão fazendo lá por Brasília, recomendo alguns artigos do Alta Montanha:

  • Projeto de lei estabelece normas para prática de esportes de aventura
  • Lei que regulamenta esportes radicais será debatida
  • Emendas na Câmara dificultarão a prática livre de Montanhismo e Escalada
  • Projetos de Lei que atingem o montanhismo

Fonte: Alta Montanha

Postado por Neudson em : notícias
Tags:Abaixo-assinado, ABETA, Câmara, cbme, , montanhismo, PL 7288/10, Senado, UIAA

Betas da galera!

POliticos…vao cuidar do que vc sabem cuidar! ops…mais vcs nao sabem cuidar nem do nariz de vcs né! Que pena… entao nao enche o saco dos que sabem!

ok!

aquele abraço

Essa corja ta querendo é tirar dinheiro do nosso esporte, veja. Produtos certificados precisam pagar uma grana pra obterem as “certificações”, que são periódicas e precisam ser renovadas. As entidades certificadoras no Brasil, não disponibilizam os estudos de resistência por exemplo, dos produtos por eles certificados, pergunto pra que vale? Ao meu ver, somente dificulta os futuros empresarios, que se aventurarem em fabricarem produtos pro esporte, alem de ter que pagar a mais cara tributação do mundo, ainda terão que certificar seus produtos, molhando a mão de algum político envolvido com as “certificadoras”, que nunca e esteve e nunca estará preocupado com o desenvolvimento do esporte, estivessem estariam incentivando ONGs, ou fazendo algo pra divulgar o esporte. LAMENTAVEL!!!
Imagine agora o pessoal que com dificuldade produz algum material, por aqui artesanal, como Crash-pads, agarras; se eles terão grana para pagar algo em torno de R$8 mil à R$ 15 mil por produto (baseado no que hoje é cobrado para certificar um equipamento elétrico), RIDICULO!!!
Vejo apenas mais um Lobby pra beneficiar algum parente de Senador ou Deputado corrupto.

Vamos protestar!!!

Ae Eliseu blz, tremenda sacanagem, cara o Nativo é que ta com parceria com ABETA inclusive as NBR de trabalhos em corda, tem que passar por um amplo debate desta normas adequar a nossa realidade. muitas vezes desconhecida pelos nosso legisladores ou legisladrores.. e dorme com um barulho desse abraço

Obrigado pelos comentários! Mas só um toque, o blog não é do Eliseu, ele só linkou pra cá! rs

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